quinta-feira, 16 de julho de 2009

Retirada cirúrgica da veia safena (safenectomia)

Muitos pacientes têm dúvidas quanto à necessidade de se operar as safenas no caso da cirurgia de varizes.
A retirada ou preservação da safena é uma decisão que deve ser tomada baseada em uma série de detalhes.
O objetivo é, sempre que possível, preservar a veia. Não que sua presença seja de vital importância para o funcionamento do sistema venoso dos membros inferiores mas a safenectomia aumenta o porte da cirurgia e o risco de complicações. Isso sem mencionar que a veia safena pode ser usada em outro momento para reconstruções arteriais em pacientes traumatizados ou em doentes coronarianos (a famosa “ponte de safena”).
Não é a simples evidenciação da safena ao exame físico que determina que ela esteja doente. A veia pode ser saudável porém visível em indivíduos com musculatura desenvolvida e baixo percentual de gordura.
Mesmo as safenas sabidamente dilatadas podem ser preservadas em um grande número de pacientes. Basta que haja veias colaterais doentes que drenem para a safena. Nesses casos o tratamento cirúrgico dessas colaterais pode diminuir a sobrecarga gerada na safena e com isso tornar seu funcionamento mais eficiente.
Uma ferramenta muito útil para a avaliação do funcionamento da veia é o ultrassom com Doppler, conhecido como eco Doppler venoso.
Cabe lembrar que nem sempre há indicação de retirada da veia por completo. É uma veia longa que se extende do tornozelo à virilha (safena magna), podendo estar indicada apenas a ressecção parcial dela.
Uma vez indicada a cirurgia da safena há que se decidir sobre a técnica utilizada.
A retirada cirúrgica através da ressecção da veia ou a ablação com LASER que é uma técnica menos invasiva e agressiva oferecendo menor risco de complicações e recuperação mais rápida por ter a possibilidade de ser feita sem cortes.
Em resumo a indicação fica à critério da avaliação e bom senso de cada cirurgião baseado nas queixas do paciente, no exame físico e nos dados obtidos pelos exames complementares.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Cirurgia de varizes por LASER

Varizes são um problema extremamente freqüente na população sobretudo do sexo feminino. Existem alguns tipos de varizes e graus diferentes de doença porém a grande maioria dos pacientes necessita de tratamento cirúrgico.
Diante disso conclui-se que é uma das cirurgias realizadas com maior freqüência e busca-se técnicas operatórias menos agressivas e com resultados estéticos cada vez melhores.
Uma das últimas novidades da tecnologia para trazer conforto e segurança para o paciente cirúrgico é o uso do laser no tratamento das varizes. A técnica é aplicada principalmente no tratamento da veia safena doente.
A retirada cirúrgica da safena depende de manobras agressivas e traumáticas além de incisões na virilha, no tornozelo e, em alguns casos, no nível do joelho ou coxa. Além disso há um dano inevitável no nervo safeno que tem um trajeto próximo à veia, causando um déficit de sensibilidade na perna, manifestada principalmente por dormência, que em um pequeno percentual dos pacientes é irreversível.
A cirurgia de ablação da safena por laser é realizada sem cortes além de não causar tanto dano ao nervo safeno. Com isso o paciente é menos agredido, recupera-se mais rápido e em muito menos tempo está apto a retomar sua vida normal. A veia safena é puncionada como em uma coleta de sangue para exame e a partir dessa punção introduzimos uma fibra ótica estéril muito fina que através da tecnologia a LASER promove a esclerose da safena de dentro para fora.
O resultado é uma cirurgia de varizes sem cortes, com excelente resultado estético e rápido retorno à vida normal.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

8 perguntas sobre varizes e gravidêz

1. De que forma os sistemas sangüíneo e linfático influem no inchaço da mulher durante a gestação?

O inchaço acontece basicamente pelo aumento da pressão intra-abdominal em decorrência do aumento uterino. Com isso os fluidos das pernas, sangue e linfa, tendem a ficar estagnados com dificuldade de retorno. Além disso a veia cava inferior passa ao lado direito do útero e, dependendo da posição da gestante, pode ser comprimida por ele dificultando ainda mais a circulação sanguínea.


2. O calor e o peso da gestante colaboram de alguma forma para aumentar o inchaço? Por quê?

O pêso influencia pois quanto mais pesada a gestante, maior é a pressão abdominal e mais difícil a circulação dos fluidos. O calor é responsável por vasodilatação. Os vasos quando dilatados permitem um extravasamento de líquidos para o espaço subcutâneo (abaixo da pele) que é o edema.


3. Os especialistas afirmam que para diminuir o inchaço durante a gravidez, o sal deve ser evitado nas refeições. Confere? Por quê?

Sim. Quanto mais sal for consumido maior será a osmolaridade sanguínea e assim maior a retenção de líquidos.


4. O sapato também pode ter influência no aumento do inchaço normal durante a gravidez? Quais as recomendações?

Um fator que independente de gestação influencia positivamente a circulação venosa nos membros inferiores é a contração repetida dos músculos da panturrilha. Saltos muito altos ou rasteiros dificultam esse movimento, assim o ideal é um salto de 2 a 3 centímetros.


5. A prática de exercícios auxilia a diminuição do inchaço? De que forma?
Quais os exercícios mais indicados?

O exercícios ajudam pelo motivo já explicado e os ideais são os que promovem contrações repetidas dos músculos da panturrilha como caminhadas, hidroginástica e ciclismo.


6. A drenagem linfática pode auxiliar na diminuição do inchaço? Por quê? Deve ser feita com que freqüência?

A drenagem linfática é o estímulo manual para que os líquidos estagnados nas pernas sigam seu caminho natural. É como se fosse uma ordenha contra a pressão abdominal. Sim, é eficiente. A freqüência varia de acordo com cada paciente, dependendo da demanda.


7. As meias elásticas são recomendadas para diminuir os inchaços? Por quê? Quais as especificações das meias mais indicadas?

Sim, as meias são um auxílio a mais para evitar a estagnação dos líquidos nos membros. As medidas variam de acordo com o volume da perna de cada paciente. De uma maneira geral devem ser acima do joelho e ter compressão mediana.


8. Dormir com os pés elevados ajuda a diminuir o inchaço? Por quê?

Sim, ajuda. Dessa maneira usamos a gravidade em favor da gestante. É importante que se dê preferência por deitar-se sobre o lado esquerdo do corpo, assim haverá uma diminuição na compressão do útero sobre a veia cava, facilitando o retorno venoso.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Microvarizes"




Tecnicamente chamadas de telangiectasias, as “microvarizes” são finos capilares sanguíneos muito ramificados, de coloração vinhosa e localizados na pele.O seu aparecimento, na grande maioria das vezes, não está relacionada à manifestação de doenças mas, principalmente, à tendência genética e influência hormonal. A posição ereta adotada pelos seres humanos durante sua evolução parece influenciar o desenvolvimento de tais vasos por aumentar a pressão venosa nos membros inferiores.Elas começam a aparecer na puberdade e têm um pico de incidência na gestação.Avaliando os fatores de risco fica evidente que não há muito o que se fazer para evitá-las exceto a escolha de métodos contraceptivos que não envolvam o uso de hormônios.Esses “vasinhos”, como são chamados pelos leigos, não costumam trazer sensações desconfortáveis para os pacientes e por isso seu tratamento é considerado estético. Visa apenas melhorar a aparência das pernas.Há algumas opções para quem deseja tratá-las. Todos os tratamentos causam esclerose dos vasos, sendo chamados escleroterapia. O que varia é maneira como se promove a esclerose.A escleroterapia química é a mais usada. Através da injeção por agulhas muito finas de substâncias agressivas à parede interna do vaso, promovemos um processo inflamatório que culminará com fibrose e fechamento ao fluxo de sangue. Entre os esclerosantes químicos mais usados temos: glicose hipertônica à 75%, oleato de etanolamina, polidocanol e glicerina cromada.Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas que não conhecem tal método, é muito pouco doloroso, não necessitanto qualquer tipo de anestesia.O tratamento é dividido em sessões com intervalo definido por consenso entre médico e paciente, geralmente semanal. De acordo com a abundância das veias o número de sessões pode variar de 2 a 5 ou até mais de 20. Os resultados são imediatos percebidos pela paciente no momento da sessão.O preço de cada sessão varia de acordo com o profissional, oscilando entre 50 e 150 reais.Há maneiras de esclerose física dos vasos por calor que incluem luz intensa pulsátil, bisturi elétrico e, o mais usado, o laser.Há resultados semelhantes porém com maior custo e não isentos de dor. Apresentam maiores vantagens quando usados em áreas mais sensíveis como tornozelos ou face.Não há produtos como medicações orais, pomadas ou géis que tratem ou evitem o problema, o ideal é sempre procurar o angiologista e cirurgião vascular.Há poucas contra-indicações ao tratamento como pacientes diabéticos por exemplo mas as mais importantes devem ser identificadas pelo médico.Os resultados variam muito em cada paciente porém o índice de satisfação é alto. Deve haver vermelhidão local e em raros casos a formação de pequenas feridas chamadas escaras que devem ser acompanhadas sem maiores transtornos para a paciente. Não há muitas restrições à vida da paciente durante o tratamento mas a principal é proteção da área tratada da luz solar, sob pena de manchar a pele.Por ser um tratamento de excelentes resultados é sempre muito procurado pelos pacientes porém carece de manutenção de tempos em tempos.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Conheça a aterosclerose



Aterosclerose é uma doença da parede das artérias.
Há perda da elasticidade e deposição de placas de gordura na camada interna das artérias como conseqüência de um processo inflamatório. O resultado é o entupimento das artérias prejudicando a circulação. Essas placas de gordura são formadas por colesterol e recebem o nome de placas de ateroma, daí o nome da doença.
Trata-se de uma doença grave. Evolui lenta e silenciosamente, porém quando manifesta-se clinicamente o faz de maneira agressiva, causando problemas sérios capazes de levar à morte.
É a doença da modernidade pois os fatores de risco principais estão relacionados aos hábitos de vida da atualidade como sedentarismo, obesidade, tabagismo e, principalmente, estresse, que faz com que sua incidência aumente a cada dia.


Não é uma doença específica de um determinado órgão, é uma doença das artérias. Sendo assim, ela não acomete um órgão e poupa outro, manifesta-se de uma maneira sistêmica. Quando identificada em um ponto do corpo como por exemplo os membros inferiores, pode-se supor que as artérias do coração, em maior ou menor grau, também estão acometidas e vice-versa. Pode-se dizer que uma vez diagnosticada há risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e perda de membros por amputação para citar os problemas mais comuns.
Um paciente que tem um infarto deve ter outras partes do corpo pesquisadas para a mesmo doença.
Podemos fazer uma analogia com o encanamento de uma casa antiga. Quando há um entupimento ou vazamento no banheiro nós consertamos primeiro o problema mais imediato mas podemos supor que mais cedo ou mais tarde a cozinha, o outro banheiro e a área de serviço vão apresentar o mesmo problema.
Como a causa básica da aterosclerose é o depósito de colesterol na parede das artérias e o colesterol alto é tratado pelo cardiologista supõe-se que este seja o único profissional a ser consultado. Isso não é correto. Como temos artérias em todo o corpo, todo ele pode ser sede de complicações. Complicações estas que devem ser diagnosticadas e tratadas pelo cirurgião vascular.
As complicações manifestam-se nos órgãos vascularizados pelas artérias doentes. Doença na artéria do pescoço, a carótida, causa AVC. Na artéria das pernas causa intolerância à caminhada ou gangrena de perna. Na artéria dos rins, insuficiência renal e hipertensão arterial. Nas artérias do coração, infarto do miocárdio.